Eu.... um sonhador que ao mesmo tempo é um questionador

Minha foto
Um cara! Normal? Não sei... acho que não! rsrsrs

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Como tirar da cabeça aquilo que está no coração? IMPOSSÍVEL....

Ao mesmo tempo que é estranho é bem engraçado. Juro que eu não queria vir aqui no blog escrever algumas coisas. Procurei caneta e não encontrei em lugar nenhum na minha mochila, mas eu juro que tinha colocado na minha bolsa antes de sair de casa, mas tudo bem, não tem problema não. Estou indo para o meu quarto dia aqui, tão tão distante de casa... juro que ainda não pesquisei quantos quilômetros lá de casa até aqui, mas eu posso garantir que é muito, muito longe mesmo. O motivo da vinda era tentar se desligar um pouco de tudo aquilo que estava me tirando um pouco o ar. Tanto na minha vida profissional quanto na minha vida pessoal. Minha decisão foi aqueles de supetão... de repente resolvi juntar o dinheiro que eu não tinha pra poder vir pra cá. Lógico que, como qualquer ser humano eu pensei e repensei se ia valer a pena vir pra cá. Coloquei na balança o que valia e o que não valia a pena, e mesmo assim acabei vindo. Meus amigos, aqueles que me conhecem bem falaram que eu não ia aguentar ficar nem 5 dias aqui, e eu disse que eles iam morder a língua, mas posso confessar que eu mesmo estava acreditando neles, mas eu tinha que fazer a linha durão. Abri mão então de um monte de coisas como por exemplo a minha própria cama, o carinho dos meus pais, o amor dos meus amigos... enfim... abri mão. Chegando no aeroporto, mil coisas passaram na minha cabeça, ainda mais que fiquei sozinho lá esperando a hora de fazer o check-in (não estava contando ficar tão só lá). Ao entrar no avião, percebi a loucura que estava cometendo... mas eu não estava disposto a esquecer algumas coisas que deixei? Então eu vim... cheguei aqui, já estavam me esperando e fui muito bem recebido. Tudo muito estranho. Ao mesmo tempo que era bom, era estranho... ao mesmo tempo que eu conhecia muito todo mundo eram como se fossem pessoas desconhecidas. 17 anos longe não são 17 meses, não é? Um quarto só pra mim. Um quarto só pra mim e com cama de casal. Um quarto só pra mim, com cama de casal, com o meu computador e a minha internet. Me tranquei aqui. Algumas pessoas novas no pedaço que só as conheci por foto quando ficava sabendo que alguém daqui estava pra ganhar bebê. Sentia que eu era um estranho aqui dentro, e não deixava de ser pra eles, não é? Me perguntava a todo momento: "O que eu estou fazendo aqui?". No mesmo dia que cheguei, um amigo de infância resolveu aparecer aqui e foi o melhor momento. Era como se nada estivesse mudado entre nós. Parecia que estávamos continuando de onde paramos... que vontade que me deu de chorar... que saudade que eu estava daquele abraço amigo, daquele carinho de um amigo verdadeiro. Conversamos, saimos, rimos, relembramos fatos, momentos... como foi bom... sabe aquele sentimento de alívio? Fui descobrindo o que realmente eu vim fazer aqui. Voltei pra casa! Me tranquei no quarto. Estava sendo assim até hoje. Chegava, me trancava no quarto, ligava o computador e queria saber tudo o que estava acontecendo na minha cidade, nesse tempo que estou distante. Meu pai sempre me diz que "quem procura, acha", e foi exatamente o que aconteceu. Fiquei sabendo de coisas que de verdade mexeram comigo, com a minha mente e com o meu coração. Descobri que um sentimento que eu tinha por um certo alguém ainda me balançava e quando soube de uma notícia, tentei me manter forte on line, mas na realidade, estava em lágrima e ao mesmo tempo com raiva. Como pode isso? Com que direito eu estava daquela maneira? Fiquei pensando nisso a noite inteira, não consegui prestar atenção no que estava ao meu redor. Sem nenhuma necessidade... mas o que podemos fazer com o nosso coração. Bem que já está bem escrito que "o coração do homem é enganoso", e isso se afirmou mais uma vez. Mas, lembra que eu tinha dito que eu estava querendo esquecer algumas coisas? Pois é.... mas descobri também que não adianta correr pro lugar mais longe, tentar esquecer pessoas ou coisas que não estão em sua mente, e sim no seu coração. Ferrou! Essa é a realidade, que goste ou não! É essa a realidade e ponto. A música mais tocada aqui é a que mais me lembra um certo alguém: "...Eu to apaixonado, eu tô contando tudo e não to nem ligando pro que vão dizer, amar não é pecado e se eu estiver errado, que se dane o mundo, eu só quero você..." Em todo canto eu estava ouvindo essa música. No carro, no mercado, no shopping, nessas bandinhas bregas (que por aqui tem muito), nos comerciais de tv, nos toques de celular, na boca das pessoas... esquecer? Pra que esquecer? Então, eu descubro que o nome da Rua onde estou é igual! Mentira né? Só pode ser sacanagem... não acho que seja sacanagem... ou acho? Ahhh po, não sei... Tudo bem, me conformei... bola pra frente né? Resolvo andar na cidade a pé e sozinho. Tão legal! Liguei pra minha mãe: "Mãe, saudades. Vamos conversar pq eu to andando aqui pela rua. Mãe, muita coisa mudou, tudo muito diferente, puxa mãe, era pra senhora estar aqui"...... silêncio absoluto e lá no fundo eu começo a ouvir... "eu to apaixonado, eu to contando tudo e não to nem ligando pro que vão dizer..." e o som vai aumentando, aumentando, aumentando... pronto! Era um carro que passou... "Renê, vc ainda está ai?" "Tô sim mãe, desculpe. É que a ligação ficou ruim e eu não estava te ouvindo." A ligação ficou ruim? Claro que não.Que mentira idiota. Pior de tudo é que eu estava mentindo pra mim mesmo, mas tudo bem. Tudo bem nada... mas o que fazer quando se está nessa situação? Quando alguém descobrir, me conta, por favor.
Chego em casa, tomo um banho, me tranco no quarto e milhões de notificações no Face. Uma amiga minha me falando um monte de coisas que eu devo fazer aqui pra tirar a mente da minha cidade. Fiquei relutando comigo mesmo, e analisando bem friamente, ela estava certíssima. Resolvi fazer o que ela tinha proposto, e estava começando a dar certo. Comecei a ver o Jornal Hoje e estava dando uma reportagem em uma das cidades daqui... e qual era o nome da cidade? Soltei um "puta que pariu" bem alto. Não acreditei e vim ao Google pesquisar. Não é que é verdade?

Com isso tudo, resolvi parar de querer tirar da cabeça o que está no coração. Um monte de coisas, um monte de pessoas ainda estão no meu coração. Sentimentos ainda estão no meu coração: revolta, angústia, raiva, ódio, amor, alegria, saudade.... é isso mesmo, uma salada, o samba do crioulo doido.. Nada posso fazer! Nada mesmo! Resolvi viver. Resolvi aproveitar de outra maneira. Não adianta querer se desligar de algo que ainda está bem vivo dentro de mim. NÃO ADIANTA! Estou aprendendo a lidar com todo tipo de situação. Tudo é uma questão de equilíbrio. Estou com saudades de um monte de coisas e um monte de pessoas. Mas ainda não é aquela saudade desesperadora não. O msn ainda está suprindo.

Mas tenho prazer em vir correndo aqui pra conversar no msn, pra falar no telefone....
Está me servindo de lição mais uma vez essa situação. Tudo está sendo um aprendizado nesse tempo aqui. Aprendo a lidar com a distância, aprendo a lidar com o novo, aprendendo a lidar com o banho frio, aprendendo a lidar com a saudade, aprendendo a lidar com a indiferença. Semana santa está chegando... como será? Sei lá... espero que seja bem boa. Ah, tá bom! Não vou tentar mais esquecer nada e nem ninguém. Um amigo meu mandou eu esquecer as coisas e viver a minha vida aqui. Eu to vivendo... mas estou percebendo que não consigo, e mais ainda, não quero viver longe de pessoas (e ele é uma dessas pessoas que não abro mão). Não abro mão dos meus pais. Não abro mão dos A.M (Amigos Antigos) e não abro mão dos Zamiguins. Não abro mão daquilo que, no momento, tem sido a minha maior preocupação. Enfim... até breve!

Nenhum comentário: